Como disse antes, vou tendo cada vez menos tempo para “postar” um pouco da minha vida aqui em Vercelli ou Cervelli (Cérebro). Isso e as conexões wireless dos vizinhos que começam a escassear ou a ficar instáveis. Sem saber porquê, só o computador do Ersin acede a uma ligação de um qualquer vizinho. Claro que pensei que era problema das nossas maravilhosas máquinas do programa e-escola, mas não! Carla, a rapariga espanhola chegou e tem um Mac e nada de wireless. Talvez um Magalhães?!
Então o que faço? Estou a escrever este post já de pijama vestido e pronta para dormir. Amanha levo-o na pen e Ctrl C.
Continuando nos assuntos das migrações. Embora não tenha sido essa a área que aqui me trouxe, tenho prestado alguma atenção ao assunto aqui neste país liderado por um tal Berlusconi e onde a inscrição "Dulce” permanece nas paredes das casas antigas por Mussolini ter “recomendado” que se usasse uma tinta realmente permanente.
Abro o jornal e das poucas notícias que compreendo, vejo qualquer coisa como – proposta-lei para que os médicos denunciem os imigrantes ilegais que são tratados nos hospitais públicos. Ora que excelente ideia!!! Assim, até os poucos que ainda têm coragem para ir aos hospitais e serviços públicos deixam de lá ir, logo, poupa-se nas despesas públicas. Deve ser esta a ideia, só pode!
A parte boa é que os médicos recusam. E também já vi uma sátira qualquer sobre o assunto.
Na noite de sábado eu e o meu amigo turco, em tom de brincadeira, fomos convidados a abandonar o país. Indicaram-nos onde ficava o rio e lá podíamos cortar duas árvores e usa-las como embarcação e retornar a casa a remos. Refutámos esta ideia com a simples justificação de que não íamos sair do mesmo sítio porque iríamos remar para lados opostos na mesma embarcação. E assim, bebemos mais um copo e ficámos a aprender (ou reaprender) todas as asneiradas em italiano.
Hoje, na aula de italiano aprendi uma coisa e não foi italiano. Um professor de matemática veio falar comigo dizendo-me que o seu último nome era português – Reis. Explicou-me porquê. Há uma Igreja aqui em Vercelli construída no período gótico e que veio muita gente para a construir, nomeadamente portugueses, entre eles, Jácome Reis. O senhor deve ter investigado mesmo!!! Mas o mais engraçado desta história é que esta igreja é igual ao mosteiro de Alcobaça! As plantas são iguais e o nosso mosteiro foi acabado 4 anos antes desta. A decoração exterior (não sei que outro termo lhe hei de dar, Sr da História d’Arte) é que é diferente.
Oiço “Los piratas”!
Agora já tenho companheira de quarto – Carla. Fomos, na carrinha do Centro, buscá-la a Milano. Todos juntos, cada um com o seu cartaz dizendo Benvenuta Carla a ver as paisagens de arroz, fabricas. O Aeroporto Malpensa deve ser uns 10 aeroportos de Lisboa juntos, logo, entrar é fácil, o difícil é sair!!
Chegamos atrasados ou o voo chegou adiantado. Subimos e descemos andares a procurar um posto de informações que nos pudesse informar sobre o voo da Iberia que não estava nos quadros de “Arrivi” enquanto as raparigas russas visitavam todas as lojas do aeroporto.
Quando chegámos às “Arrivi A” estava lá uma rapariga abandonada. Era a Carla! Fomos chegando perto dela, um a um, cada um a seu tempo e com o seu cartaz.
Depois disto, a aventura para sair do aeroporto. Subimos e descemos elevadores, escadas; andamos da direita para a esquerda, da esquerda para a direita. Encontrámos uma máquina para pagar o parque - 1,80Eur, mas como não sabíamos onde estava a carrinha, decidimos não pagar logo.
Quando, finalmente, voltamos a ver a luz do dia, o valor do parque tinha simplesmente aumentado para 3,60Eur. Depois, demos umas 2 voltas ao parque de estacionamento, mais uma ao parque das rent a car.
Benvenuta!
Wednesday, February 11, 2009
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1 comment:
que aventura no aeroporto! olha, ve mesmo se me ligas ca para casa...para falarmos :)
bjocas miuda
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