Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir,
tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de floresa concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira
Sentar, ver, imaginar. Sair dali por uns instantes e, em vez de um dia com nuvens, ver um dia de Sol vindo directamente da nossa imaginação! Sorrir porque podemos imaginar. Mas por vezes é tão dificil. Tão dificil estar só, e capaz de imaginar que tenho um rio na algibeira.
Porto...por Pherreyra
"Não nasci por acaso nestas pedras
mas para aprender dureza,
lume excedido,
coragem de mãos lúcidas.
Aqui no avesso da construção dos tempos
é menos secreta.(...)
Porto- cidade de luz de granito.
Tristeza de luz viril
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